domingo, maio 25, 2008

Desmistificação da mão de extraterrestres em Machu Pichu e a origem da cena

Este desabafo serve de uma vez por todas para esclarecer um boato de que os extraterrestres terão construido Machu Pichu e que andaram por lá.
From Peru2008_Mar_16

Realmente já aborreçe.
Não vou falar como muitos que optam por basear os seus argumentos em fotografias digitais ,analógicas ou mesmo daguerreotipos do século passado. Não vou dizer que fui raptado e sujeito a experiências de topo o tipo incluindo de índole sexual (já fui mas não por extraterrestres , razão pela qual quando falo sobre esse tema a minha voz deforma-se). Vou expor factos, factos esses facilmente constatáveis por qualquer um de nós, eu apenas e como já é hábito meu reparo eu tudo e não ponho a boca em nada sem olhar nem cheirar muito bem antes.
Assim passo à desmistificação. Desloquei-me à alguns meses por razões profissionais ao Peru, como tal no meio da estadia fui a Machu Pichu, local onde desde a sua descoberta muitos afirmam ter sido um legado dos extraterrestres, tanto pela dificuldade que a sua construcção teria apresentado na altura da mesma como pela perfeição da mesma. Ora meus senhoras mentira, após as horas destinadas aos acessos de turistas eu decidi fazer uma tentativa de perceber o quando e como da construção daquela maravilhosa aldeia (cidade é uma coisa bem maior já naquela altura, não brinquem). Assim permaneci escondido num dos muros existentes em Machu Pichu após o encerramento do recinto agora maravilha do mundo (acho bem!). Decorridas 3 horas qual o meu espanto quando vejo vultos negros a cirandar pela aldeia santuário maia.
From Peru2008_Mar_16

Ao movimentar-me um pouco consigo definir os perfis destes vultos e tal não é o meu espanto quando percebo que são lamas. De facto estes lamas por iniciativa própria carregavam pedras com as quais formavam os edificios que vemos nas fotografias. Eles estavam mesmo num processo de manutenção de Machu Pichu. Demorei um pouco a reagir perante aquela visão, enquanto uns carregavam as pedras no dorso , alguns usavam mochilas antigas da PT comunicações e outros da 1º Corrida da EDP sob a ponte Vasco da Gama (as lamas fêmeas tinham mochilas da corrida a favor do cancro da mama e outras da corrida da avó). Alguns dos lamas não carregam nada possicionavam-se em pontos chave e esperavam pelos carregadores, estes ao chegar ao local davam um safanão com as costas (como os Portugueses fazem quando lhes perguntam que opinião têm sobre a actual crise alimentar) e faziam saltar 1 pedra (vulgo tijolo mas rijo que nem cornos e machiço, sendo o peso médio de cada um à volta das 2 a 3 toneladas, eles conseguem por causa da altitude, quem já lá esteve sabe do que estou a falar). Os lamas que não carregavam nada recebiam esta pedra com as patas traseiras e com um real coiçe colocavam milimétricamente a mesma alinhada na parede do futuro edificio.
Tinha já passado 1 hora enquanto de olhos arregalados (coisa que não me é dificil aconteçer, arregalo-me com tudo, menos que com o que devia), quando ouço uma voz atrás de mim que me eriçou os pintelhos de susto (aproveito para dizer que voltaremos a este pêlos púbicos muito em breve neste mesmo post, continuem sintonizados). Era nada mais nada menos que um dos lamas, os lamas falavam!
From Peru2008_Mar_16


Ainda o meu cérebro tentava assimilar aquela situação, quando outro lama se acerca de mim e tenta cumprimentar-me com um abraço. Claro que ainda em estado de choque, anuí e correspondi ao mesmo (não estivesse eu na América Latina , terra do Fidel, Bob Marley e da Senhora Maria Joana). O primeiro lama que me tinha dirigido a palavra não me quis dar um abraço, facto que me deixou pouco à vontade, pelo que já lá ia com os braços abertos, foi-me depois explicado que era o empreiteiro mor da ceninha. Fiz-lhe então uma vénia à Japonesa, foi o que me pareçeu mais indicado. Nesta altura a voz do lama começava a aclarar, no meio de uns "gruuu ..huuhh ..ahhhh....rrrhhh", claramente por causa da altitude (quem já lá esteve sabe do que estou a falar), e começei a entender o que dizia, e neste altura passo ao discurso directo, pois cada vez que escrevo sobre isto (é a primeira vez) saem-me lágrima dos olhos (se escrevesse em discurso indirecto não, é engraçado):

"Caro Rui! " - Uau o tipo sabia o meu nome, nesta altura percebi que algo não batia certo (mais tarde percebi que outro lama tinha o ingresso de entrada que tinha preenchido à 6 horas atrás antes de entrar no recinto da aldeia).

"Testemunhaste algo que te poderá deixar marcas para todo o sempre, e que representa informação que o mundo ainda não se encontra preparado para receber!" - razão pela qual apenas publico aqui no meu blog, aqui está segura.

"Nós os lamas pedreiros e os lamas trolhas, fazemos questão de partilhar contigo alguma da nossa sabedoria. Cada vez estamos mais ameaçados, os materiais de construção cada vez são mais caros, a crise no sector imobiliário aguda-se e a mão de obra clandestina é cada vez mais difícil" - aproveito para referir que a voz deste lama era uma fusão entre a voz do Bruno Nogueira e do Alberto João Jardim, e que as dos outros lamas pelo contrario, era igual).

"Como tal aproveita para esclarecer o que mais te inquieta sobre este local!" - desta vez aproveito para referir que o lama possua muitos macacos no nariz, por causa da altitude (quem lá esteve sabe do que estou a falar) e negros por causa das folhas de coca (quem lá esteve sabe do que estou a falar).

Eu pronta-me mergulhei nas minhas inquietações e duvidas existenciais e perguntei-lhe após uns breves 40 minutos ( o tempo e o meu cérebro naquelas altitudes passa muito devagar, por causa do clima, quem lá ..bláblá, ja sabem):
"Quem construiu esta santuária aldeia ? Fala-se de um legado de extraterrestres, de uma tecnologia muito avançada para a época, da utilização de materiais cortantes inexistentes na Terra, do legado da sabedoria das estações do ano com base nas estrelas, da utilização perfeita de calendários solares, da prática de várias posições sexuais e não apenas da chata posição de missionário reconhecida nos países chatos ocidentais da época, como ? quando? porquê? Está-me a pisar com o casco anterior direito!" - ao que sentei-me cansado com toda aquela elaboração de perguntas (em altitude os neurónios andam mais devagar (quem lá esteve sabe do que estou a falar)

O lama pediu-me um momento, disse-me que se iria reunir com o sindicato dos trabalhadores da construção civil lá do sitio, pois não sabia se poderia passar toda a informação que eu pretendia. Após esperar 50 minutos, e de entretanto ter visto passar o John Lennon na passarola de Leonardo Da Vinci, facto que me levo a dizer entre dentes - "Mau aqui está uma coisa realmente estranha!", eis que apareceu novamente o lama empreiteiro ao que me disse:

"Carissimo Rui Pedro!" - Agora foi demais , eu tinha assinado na inscrição de ingresso Rui Branco, os pintelhos voltaram a encaracolar.

"Que os pintelhos não te encaracolem, descansa, não te apoquentes!" - porra já não aguentava mais , o tipo lia-me inclusive a mente dos meus próprios pintelhos, poderia ele saber até por onde já eles tinham andando? A minha boca retorçeu-se.

"Passar-te-ei duas respotas ao que procuras! Fomos nós desde sempre que construímos Machu Pichu e temos guardado o resultado do concurso público que o comprova"
"Sobre a questao dos extraterrestres" - e aqui as minhas orelhas enbicaram - " sim eles existem, estiveram na terra e deixaram marcas. Os extraterrestres foram responsáveis pela criação da vida na Terra, deixaram marcas no DNA que se reflectiu de várias formas, das quais apenas te vou salientar algumas: os répteis têm sangue frio, as arvores não fogem quando pegam fogo, a raça humana tem pintelheira!" - ahah, eu não disse que ia voltar a isto, o que prometo cumpro!
"Pintelheira?" - perguntei eu
"Pintelheira , para que cada vez que se atrapalhem por causa dela pensem nas suas origens!"
"Mas se até hoje ninguém sabia da existia de extraterrestres, como podemos lembrar-mo-nos de algo que desconhecê-mos ?" - e aqui o lama rodopiou a cabeça emitiu um silvo agudo e ouvi ao longe uns tambores igualzinhos ao da claque dos super-dragões, ao que estes dois lamas desataram a correr e desapareçeram.
Entre os dentes (naquela altitude só se consegue dizer coisas entre os dentes, é caricato) disse: " Foi alguma coisa que eu disse" - é que me estava tudo a parecer tão normal.

E foi assim que o mito da presença de extraterrestres em Machu Pichu foi desmistificado, totalmente esclarecido agora.
Na volta a Portugal e ainda hoje penso nestes momentos e nas suas consequências, por exemplo a corporaccíon dermoestetica faz depilação definitiva, muitas das raparigas já a vez, eu não gosto muito de pêlos púbicos.
Deixo estes pensamentos em termos de reflexão.

Se alguém tiver mais algumas duvidas por favor deixe comentários que eu tentarei responder prontamente, pois os lamas em off dizeram-me mais algumas coisas. Em altitude fala-se muito em off (por causa do isolamento).
From Peru2008_Mar_16


PS: Próxima viagem Turquia passando por Istambul ....